AGRICULTURA Eucalipto
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Agricultura de subsistência: vantagens e desvantagens desse modelo
A agricultura de subsistência é um modelo de resistência ao processo de modernização econômico no campo.
Em contrapartida, o sistema capitalista maximiza a produção agrícola com o uso de equipamentos mecânicos, defensivos e sementes modificadas.
Como resultado, esse fenômeno serviu para diminuir as quantidades de comunidades agrícolas e, consequentemente, de produtores de subsistência.
No entanto, apesar dos avanços tecnológicos essa modalidade de agricultura ainda resiste, sendo, assim, praticada em várias partes do mundo, bem como em regiões da América Latina, da Ásia e da África.
A principal característica desse modelo de agricultura é a utilização de métodos tradicionais de cultivo, tipicamente realizados por comunidades rurais.
Geralmente, a sua capacidade de produção é bem inferior se comparada com áreas rurais já mecanizadas.
Entretanto, como meio para garantir a sua subsistência, o produtor rural estabelece relações de produção entre as famílias e os membros da comunidade.
Soma-se a isso um acordo sobre o cultivo e suas plantações. Os principais produtos são arroz, feijão, milho, mandioca, batata, frutas e hortaliças.
Nesse sentido, o cultivo deve suprir as necessidades de todos os envolvidos.
Após a colheita, a sobra é trocada ou vendida para comprar produtos que não são cultivados nas propriedades.
No Brasil, tradicionalmente, é comum o uso de ferramentas como enxadas, machados, foices e arado em roças nas quais esse modelo é praticado.
Já na Ásia, em propriedades coletivas de subsistência, o cultivo de arroz é mais comum.
Além disso, há a prática de pastoreio nômade com rebanhos de bovinos, ovinos, ovinos e camelos; no continente africano, esse tipo de agricultura é muito praticado.
Em outras palavras, os pequenos produtores rurais tentam resistir ao modelo atual de produção agrícola, produzindo apenas o suficiente para o consumo pessoal.
No entanto, são muitas as dificuldades que eles enfrentam em seu dia a dia, a exemplo da alta burocracia para a realização de empréstimos.
O que é agricultura de subsistência?
A agricultura de subsistência, em síntese, é formada por pequenas propriedades familiares espalhadas pelo país, garantindo a alimentação e o sustento de inúmeras famílias no campo.
Trata-se de uma alternativa saudável e viável economicamente para pequenos produtores e comunidades agrícolas do país.
Por outro lado, a agricultura moderna é marcada por sua extensa produção e pelo uso de tecnologia, monocultura e maquinários de ponta, a fim de aprimorar a manutenção e a segurança alimentar dos seus produtos agrícolas.
Pelo contrário, a cultura de subsistência que não foca a obtenção de lucros.
Na agricultura familiar, é comum ver ferramentas manuais, assim como a diversidade de espécies cultivadas.
Os agricultores de subsistência não necessariamente só consomem o que cultivam, já que também podem vender ou trocar seus produtos agrícolas.
No mundo, esse modelo de agricultura sustentável representa um terço do abastecimento de toda a população, especialmente em países em desenvolvimento, onde a prática é mais comum.
No Brasil, a atividade está concentrada principalmente nas regiões Norte e Nordeste.
Conforme o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a atividade agrícola gera empregos para cerca de 70% dos brasileiros no campo, além de incluir cerca de 4,4 milhões de famílias.
Entre as culturas predominantes, se destacam o cultivo de arroz, feijão, milho, mandioca e batata.
Na criação de animais, o destaque vai para os porcos, bois e galinhas.
Atualmente, por terem uma quantidade reduzida ou não levarem insumos e defensivos agrícolas, os produtos são considerados orgânicos; em outras palavras, mais saudáveis e com maior valor de comercialização.
Desse modo, o meio ambiente é beneficiado, pois o terreno passa a ser naturalmente adubado, mantendo-se em equilíbrio.
Ao mesmo tempo, o plantio é diversificado em diferentes épocas, haja vista que culturas únicas e extensas comuns em grandes propriedades podem comprometer a produtividade do solo, bem como desgastar as regiões de cultivo.
Eventualmente, em cerca de 2 a 3 anos, a fertilidade do solo tende a cair depois de desmatado.
Posteriormente, é preciso começar o manejo e a exploração de uma nova área.
Quais são as características da agricultura de subsistência?
Mesmo sendo uma alternativa sustentável ao meio ambiente e, consequentemente, favorável à economia, a agricultura de subsistência não é a prioridade nacional no cenário do agronegócio.
Afinal, são os grandes produtores que se beneficiam dos programas de incentivo com isenção de impostos.
Do mesmo modo, há maior facilidade na solicitação de aberturas de créditos, os chamados empréstimos.
Em níveis econômicos, isso costuma acontecer porque o impacto direto nos mercados interno e externo do país são mais significativos, assim como a geração de empregos e exportação.
Nesse sentido, o pensamento capitalista presente na produção agrícola encontra meios que justificam o crescente investimento na mecanização de suas produções, ainda mais na utilização de defensivos e introdução da biotecnologia com técnicas da genética aplicadas no melhoramento das sementes e grãos.
No entanto, a agricultura de subsistência ainda continua sendo praticada.
Ela garante a sobrevivência do agricultor, da família e de sua comunidade e supre as necessidades das famílias no campo.
Trata-se de uma vertente de produção típica de pequenas propriedades, ou minifúndios, como também se conhece, juntamente com a mão de obra familiar ou de comunidades rurais.
Esse modelo é marcado pela utilização de métodos de cultivo tradicionais, com pouco ou quase nenhum recurso tecnológico.
Por vezes, há plantio de alimentos e baixa produção, que, ocasionalmente, são trocados ou vendidos.
Frequentemente, os objetos usados são o arado de tração animal, enxadas, machados, foices e adubos à base de fezes.
Consequentemente, os produtos, cultivados sem fertilizantes, conservantes, nem produtos químicos, são considerados mais saudáveis.
Apesar disso, as famílias de produtores rurais tentam contornar os contratempos gerados no processo, entre eles:
- baixa produtividade;
- dificuldade para conseguir empréstimos e financiamentos;
- falta de auxílio dos grandes produtores e de empresas, que compram seus produtos.
Entretanto, muitos ainda persistem dando continuidade em suas atividades.
A realidade desse modelo no Brasil
A agricultura de subsistência tem um papel muito importante na vida dos pequenos produtores rurais do país, bem como na de suas famílias e de sua comunidade.
Isso porque grande parte do sustento, se não todo, é conseguido por meio do cultivo e da negociação do pouco que se colhe.
Antes de tudo, evita-se a miséria e a fome desses grupos.
A princípio, as características da agricultura de subsistência são estas:
- realizada por pequenos produtores;
- baixo índice de escolaridade e educação;
- produção baixa e limitada;
- tem como finalidade principal suprir as necessidades alimentares do grupo;
- uso de métodos rudimentares, tradicionais e sem muita tecnologia, como arado, enxada, entre outros;
- preferência pela policultura (cultivo de produtos distintos);
- produtos sem agrotóxicos (mais saudáveis);
- principais produtos cultivados: grãos, frutas e hortaliças.
Por fim, a agricultura de subsistência pode ser dividida entre a prática de pequenos agricultores, por famílias e por comunidades, o que faz com que muitos a confundam com agricultura familiar.
Em outras palavras, mesmo que a agricultura familiar seja composta de famílias, a sua finalidade é a comercialização dos produtos.
Logo, o sustento não é somente para alimentação; ela existe como um meio para geração de emprego e renda, de modo que a economia é movimentada.
Embora a sua produção seja fragmentada, em união, esse modelo de cultivo é responsável por manter 50% da alimentação do povo brasileiro.
Agricultura de subsistência × agricultura familiar: qual é a diferença?
Apesar de semelhantes, essas duas modalidades de agricultura são bem diferentes, principalmente em essência.
De antemão, mesmo que em ambos os casos os agricultores se organizem em grupos, a finalidade da sua prática diverge tanto no entendimento delas quanto para a sociedade.
Em hipótese alguma uma pode ser usada como sinônimo da outra.
Como dito anteriormente, a agricultura de subsistência tem o objetivo de alimentar a família, a pequena da sociedade rural e, em alguns casos, trocar ou vender produtos.
Ao mesmo tempo, não tem nenhuma ligação direta com a economia ou o governo.
Por outro lado, a prática da agricultura familiar conta com o respaldo do governo.
Firmada por lei, no Brasil, esse modelo tem uma importância de caráter histórico, correspondendo a mais de 50% da alimentação do país.
Em outras palavras, boa parte da comida na mesa dos grandes centros tem origem na produção familiar, que, há tempos, deixou de ser sinônimo de pequenas estruturas.
Atualmente, o faturamento anual do setor é de milhões de dólares, ajudando a movimentar a economia nacional.
Como resultado, a prática da agricultura familiar está presente em quase todas as propriedades do país.
Quase metade de toda a produção está concentrada na região Nordeste, responsável por cerca de 1/3 da produção anual.
Conclusão
Neste artigo você aprendeu que a agricultura de subsistência tem como principal caraterística o plantio para consumo próprio.
Ou seja, apenas para garantir a sobrevivência do agricultor, da família e de sua comunidade, bem como suprir as suas necessidades da vida no campo.
Pode-se entender que existem diferenças entre os dois modelos de agricultura: a de subsistência e a familiar.
Contudo, mesmo que a agricultura de subsistência seja uma alternativa sustentável ao meio ambiente e, consequentemente, favorável à economia, não é considerada uma prioridade econômica nacional.
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Vantagens e desvantagens do Reflorestamento de Eucalipto
Reflorestamento de Eucalipto
O reflorestamento de eucalipto é uma das escolhas dos produtores. A madeira dessa árvore é usada em larga escala na indústria de celulose, na produção de carvão vegetal, energia e também de painéis de madeira industrializada. O fato da árvore ser de cultivo fácil, também é um atrativo. Mas quais as vantagens e desvantagens desse tipo de reflorestamento?
A Origem do Eucalipto
De acordo com a EMBRAPA, o gênero Eucalyptus tem a sua origem na Austrália, Tasmânia e outras ilhas da Oceania. Existem cerca de 730 espécies reconhecidas botanicamente. Porém, atualmente não mais que vinte delas são utilizadas com fins comerciais em todo o mundo.
Não há uma data certa de quando eucalipto chegou no Brasil. Existem relatos que os primeiros exemplares foram plantados nas áreas pertencentes ao Jardim Botânico e Museu Nacional do Rio de Janeiro, nos anos de 1825 e 1868.
A EMBRAPA também afirma que os primeiros estudos com o eucalipto no Brasil só foram iniciados em 1904, por Edmundo Navarro de Andrade, no Horto Florestal de Rio Claro-SP, pertencente à Companhia Paulista de Estradas de Ferro. O crescimento da área de plantios florestais produtivos no país foi marcante a partir da promulgação da Lei de Incentivos Fiscais ao Reflorestamento, ocorrida em 1966.
A Popularidade do Reflorestamento de Eucalipto
Segundo dados do anuário estatístico de 2014 da Associação Brasileira de Produtores de Florestas Plantadas (Abraf), as áreas de plantios florestais com eucalipto no Brasil estão distribuídas em todo território nacional. A região Sudeste apresenta maior quantidade de áreas plantadas (54,2%), seguida pelas regiões Nordeste (16,4%), Centro-Oeste (12,2%), Sul (11,8%) e Norte (5,5%) (ABRAF, 2014).
Além dessa madeira ser usada para diversas demandas do mercado, essa popularidade pelo reflorestamento de eucalipto também acontece devido ao fato de “não ter tantas exigências como outras culturas. Na teoria, ele se desenvolve em qualquer tipo de solo, qualquer tipo de condição climática”, esclarece a engenheira agrônoma Elisia Galvão em entrevista à Revista Agropecuária.
A agrônoma também ressalta que a árvore tem crescimento precoce. O reflorestamento de eucalipto é um dos favoritos dos produtores, pois o eucalipto de semente tem uma poda inicial de 10 a 12 anos, sendo que para obter uma madeira mais densa entre 20 a 24 anos. Já o corte para o eucalipto clonado pode variar entre 5 a 7 anos.
A vantagem ambiental é um fator inerente ao reflorestamento com o uso de eucalipto.
De acordo P. C. Campos, em sua dissertação de Mestrado em Planejamento Energético na UFRJ, florestas em crescimento podem auxiliar na redução do efeito estufa já que absorvem o gás carbônico quando intensificam a fotossíntese. Este processo é denominado comumente como “sequestro de carbono” e a floresta de eucalipto ajuda neste ciclo.
No livro “O Eucalipto – Um século no Brasil” (Antonio Bellini Editora & Cultura) é destacado que os eucaliptais brasileiros absorvem 196 bilhões de toneladas de carbono, contribuindo para minimizar as consequências do efeito estufa.
Outra vantagem ambiental, é que os plantios com objetivos comerciais, principalmente de espécies do gênero Eucalyptus ajudam a reduzir a utilização de florestas nativas como fonte de matéria prima, contribuindo indiretamente para a proteção das florestas nativas.
“Quanto maior for a disponibilidade de madeira plantada, menor será o avanço sobre a vegetação nativa”, destaca o professor Carlos Sette Júnior, professor de Tecnologia e Utilização de Produtos Florestais da Madeira, do curso de Engenharia Florestal da Universidade Federal de Goiás (UFG) em entrevista ao Globo Ecologia.
Apesar de todos os benefícios apresentados, o reflorestamento com eucalipto também possui desvantagens.
Desvantagens do Reflorestamento de Eucalipto
O reflorestamento de eucalipto possui diversas desvantagens e está envolvido em algumas polêmicas como o famigerado “deserto verde”.
A polêmica principal do reflorestamento com eucalipto é a redução da biodiversidade local. As florestas comerciais dessa espécie são plantadas em grandes áreas somente com eucalipto. Como não produzem frutos e poucas espécies nativas conseguem crescer, afastam completamente os animais pois não encontra alimento nessas áreas. Por isso o apelido é “deserto verde”.
“Essas florestas de plantas exóticas não são utilizadas pela nossa fauna da mesma maneira que as florestas nativas. Nelas, a diversidade é muito baixa, em nada se comparando com a biodiversidade presente no Cerrado e na Mata Atlântica”, diz Geraldo Wilson Fernandes, professor de ecologia da UFMG em entrevista à revista Superinteressante.
Outro ponto negativo em relação ao reflorestamento de eucalipto são as polêmicas em torno da monocultura. Ela acarreta problemas relacionados a doenças generalizadas, pois se uma praga for capaz de atacar uma planta em uma monocultura, ela estará cercada por outras plantas vulneráveis, o que pode rapidamente levar a uma explosão populacional.
Esse problema é ainda maior com o eucalipto, que é vulnerável a doenças como tombamento de mudas, mofo cinzento, oídio; podridão da raiz, podridão de estacas, cancro do eucalipto, ferrugem, manchas foliares, seca de ponteiros, de acordo com a EMBRAPA. O que não acontece com uma madeira mais nobre, como é o caso do mogno africano, que possui mais resistência às pragas.
Por conta do ataque das pragas, o eucalipto necessita de tratamento químico para aumentar a sua vida útil em usos externos. São tratamentos à base de Cobre, Cromo, Arsênio, Ácido Bórico, Dicromato de Potássio ou de Sódio entre outras substâncias que prolongam o uso em até 15 anos. Esse é outro ponto negativo do eucalipto, uma vez que gera gastos financeiros e de tempo para o produtor. Caso não seja feito o tratamento, a madeira tem uma vida útil de no máximo 4 anos.
O plantio do eucalipto está relacionado ao alto consumo de água. “Quando ele é plantado até a beira de um rio, por exemplo, temos como prejuízo o rebaixamento do lençol freático do curso d’água”, afirma Sybelle Barreira, coordenadora do curso de Engenharia Florestal da UFG em entrevista ao Globo Ecologia.
Daniela Meirelles Dias de Carvalho, geógrafa e técnica da Fase, organização não-governamental que atua na área sócio-ambiental, complementa Sybelle dizendo que no norte do estado do Espírito Santo já secaram mais de 130 córregos depois que o eucalipto foi introduzido na região.
Outra desvantagem do reflorestamento de eucaliptos se deve ao fato de as terras utilizadas para o cultivo de monoculturas em larga escala não atingirem um grande contingente de mão-de-obra humana. Grande parte dos plantios são altamente mecanizadas, e quando há o emprego de mão-de-obra não é devidamente remunerado.
Além disso, muito pouco é comentado sobre as substâncias químicas que resultam da decomposição das folhas. Essas substâncias acabam modificando o ambiente, impedindo que a floresta nativa se recupere, segundo Geraldo Wilson Fernandes, professor de ecologia da UFMG.
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Rentabilidade do Eucalipto
A popularidade do eucalipto também é uma desvantagem, pois isso faz com que sua rentabilidade não seja tão atrativa no mercado. Por ela ser um dos cultivos mais escolhidos, sua produção é grande e os valores para venda não são muito interessantes como o do mogno africano, que ainda é pouco produzido, comparado com o eucalipto, e tem uma grande demanda no mercado interno e externo.
O valor do metro cúbico do mogno africano em pé pode chegar até € 600,00 para cada metro cúbico, sendo que a partir do 17º já é possível fazer o corte raso, enquanto o eucalipto chega a R$ 77,50 m³ nos primeiros 6 anos, variando de acordo com a região do país. Em relação a rentabilidade, o Mogno Africano é uma boa alternativa de investimento como aposentadoria verde.
Utilizado em larga escala na indústria do papel e da celulose, além da produção de carvão vegetal e de alguns tipos de painéis de madeira industrializada, a produção de eucalipto no país está distribuída em praticamente todo o território nacional, sendo os estados do Espírito Santo, de Minas Gerais, do Paraná, de São Paulo e da Bahia os maiores pólos produtores da espécie. Ao todo, são mais de 4.5 milhões de hectares plantados, segundo dados do anuário estatístico de 2011 da Associação Brasileira de Produtores de Florestas Plantadas (Abraf).
Por se tratar de uma espécie originária da Austrália, o eucalipto é considerado uma planta exótica, de rápido crescimento e com ciclo de corte de aproximadamente sete anos, dependendo de qual uso ele terá. “Madeiras destinadas à energia, normalmente completam seu ciclo de corte em torno de seis anos. Já madeira para celulose e papel, aproximadamente sete anos”, explica Carlos Sette Júnior, professor de Tecnologia e Utilização de Produtos Florestais da Madeira, do curso de Engenharia Florestal da Universidade Federal de Goiás (UFG).
Dentre algumas polêmicas em torno da cultura do eucalipto, a professora Sybelle Barreira, coordenadora do curso de Engenharia Florestal da UFG, explica que possíveis danos ambientais são causados quando o produtor não tem o conhecimento adequado sobre o plantio. Assim como toda monocultura, a professora alerta que a do eucalipto também acarreta problemas, incluindo como consequências a pouca diversidade de fauna, riscos relacionados a doenças generalizadas, além da degradação de áreas de preservação permanente. “O eucalipto consome muita água, pois cresce muito rápido. Quando ele é plantado até a beira de um rio, por exemplo, temos como prejuízo o rebaixamento do lençol freático do curso d’água. Não é o eucalipto que seca a nascente, mas sim o seu plantio inadequado”, aconselha Sybelle.
Por outro lado, com relação aos benefícios, o professor Carlos Sette lembra que plantios com objetivos comerciais, principalmente de espécies do gênero Eucalyptus e Pinus ajudam a reduzir a pressão para utilizar florestas nativas como fonte de matéria prima, contribuindo indiretamente para a proteção dessa vegetação nativa. “Quanto maior for a disponibilidade de madeira plantada, menor será o avanço sobre a vegetação nativa”, destaca. Engrossando a lista de benefícios, o livro “O Eucalipto – Um século no Brasil” (Antonio Bellini Editora & Cultura) destaca que os eucaliptais brasileiros absorvem 196 bilhões de toneladas de carbono, contribuindo para minimizar as consequências do efeito estufa.
VIDEOS: https://www.youtube.com/watch?v=q_hxBgu8qAU
https://www.youtube.com/watch?v=MhAZb4P_so0
https://www.youtube.com/watch?v=HpoB2delgho
https://www.youtube.com/watch?v=0vBl3_qbRuc
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